sábado, 13 de fevereiro de 2010

13 de fevereiro de 2010: 45 anos depois, Maria Bethânia continua encantando!


Em 1965, a musa da bossa nova (Nara Leão) convidou-a para substituí-la na peça "Opinião", apresentada no Teatro Opinião (RJ), com direção musical de Dori Caymmi e direção geral de Augusto Boal. Seguiu, então, para o Rio de Janeiro, acompanhada por seu irmão Caetano Veloso. Estreou no dia 13 de fevereiro, dividindo o palco com Zé Kéti e João do Vale, no lugar de Suzana de Moraes (filha de Vinícius), pois Nara Leão já havia se afastado semanas antes. Destacou-se no cenário artístico por sua marcante interpretação de "Carcará", passando a figurar entre as estrelas da época. Do Rio, o espetáculo seguiu para São Paulo, onde foi apresentado, com o mesmo sucesso, no Teatro Ruth Escobar. Ainda em 1965, gravou seu primeiro disco, um compacto simples contendo "Carcará" e a canção "É de manhã", primeiro registro de uma composição de Caetano Veloso. Lançou, nesse mesmo ano, um compacto duplo, com as músicas "Carcará", "No Carnaval", "Mora na Filosofia" e "Só eu sei", seguido por seu primeiro LP, "Maria Bethânia", e pelo disco "Maria Bethânia canta Noel Rosa". Participou, também nesse ano, do espetáculo "Arena canta Bahia", dirigido por Augusto Boal, ao lado de Gal, Gil, Caetano, Pitti e Tom Zé, que estreou no TBC, antigo palco do Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo. Também com direção de Boal, o mesmo grupo realizou o show "Tempo de Guerra". A imagem de cantora de protesto, gerada pelo espetáculo "Opinião", não a agradou, uma vez que preferia o perfil de cantora de boleros e canções românticas, apesar de toda a sua dramaticidade teatral. Decidiu, então, voltar para Salvador. 
Em 1966, retornou ao Rio de Janeiro, assinando, em seguida, um contrato de seis meses com a TV Record. Nesse mesmo ano, dividiu o palco do Teatro Opinião com Vinicius de Moraes e Gilberto Gil, apresentando o show "Pois é", com roteiro de Capinam, Torquato Neto e Caetano Veloso, direção musical de Francis Hime e direção geral de Nélson Xavier. Participou, ainda, do I Festival Internacional da Canção, defendendo "Beira Mar", de Caetano Veloso e Gilberto Gil. 
Em 1967, lançou, com Edu Lobo, o LP "Edu Lobo e Maria Bethânia". 
Apresentou-se, até 1970, em casas noturnas, como Cangaceiro e Boite Barroco, no Rio de Janeiro, e Blow Up, em São Paulo. Atuou nos espetáculos "Yes, nós temos Maria Bethânia" (Teatro de Bolso, RJ) e "Comigo me desavim" (Teatro Miguel Lemos, RJ). 
Foi contratada pela Odeon, em 1968, lançando os LPs "Recital na Boite Barroco", "Maria Bethânia" e "Maria Bethânia ao vivo". 
Em 1970, apresentou-se no espetáculo "Brasileiro profissão esperança", de Paulo Pontes, com direção de Bibi Ferreira, no Teatro Casa Grande (RJ). 
No ano seguinte, gravou o LP "A tua presença", disco elogiado pela crítica especializada, devido à sua qualidade técnica e artística. Ainda em 1971, estreou, no Teatro da Praia (RJ), o show "Rosa dos Ventos", com direção de Fauzi Arap, e lançou LP homônimo, com produção de Roberto Menescal. Nesse mesmo ano, viajou para a Europa, apresentando-se no Midem, em Cannes (França) e no Teatro Sistina (Itália). 
Em 1972, participou, ao lado de Chico Buarque e Nara Leão, do filme "Quando o carnaval chegar", de Cacá Diegues. Após nova viagem à Europa, lançou, ainda nesse ano, o LP "Drama - anjo exterminado", produzido por Caetano Veloso. Nesse disco, estreou como letrista na canção "Trampolim", uma de suas parcerias com o irmão. 
Em 1973, estreou, no Teatro da Praia, o show "Drama, luz da noite", dirigido por Antônio Bivar e Isabel Câmara, o qual deu origem ao disco "Luz da noite". 
No ano seguinte, comemorou seus 10 anos de carreira com o show "A cena muda", dirigido por Fauzi Arap, no Teatro Casa Grande (RJ). O espetáculo gerou disco homônimo, gravado ao vivo. 
No dia 6 de junho de 1975, apresentou-se, pela primeira vez, ao lado de Chico Buarque, em um show idealizado por Caetano Veloso, Ruy Guerra e Oswaldo Loureiro. Os melhores momentos do show foram reunidos no LP "Chico Buarque e Maria Bethânia gravado ao vivo no Canecão". 
Em 1976, gravou o LP "Pássaro proibido", que lhe valeu seu primeiro Disco de Ouro. Ainda nesse ano, juntou-se a Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, formando o grupo Os Doces Bárbaros, que estreou, nacionalmente, no dia 24 de junho, no Anhembi de São Paulo. Nessa ocasião, foi realizado, pelo diretor Jom Tob Azulay, um longa-metragem musical registrando a trajetória do grupo. 
No dia 13 de janeiro de 1977, estreou, no Teatro da Praia, o show "Pássaro da manhã", dirigido por Fauzi Arap, com cenários de Flávio Império. O show, gravado em estúdio, foi registrado em um LP, pelo qual recebeu o segundo Disco de Ouro da sua carreira. Nesse ano, passou a ser considerada uma das cantoras que mais vendia discos no país, o que lhe abriu novos campos na indústria fonográfica. 
Em maio de 1978, estreou, ao lado do irmão, o espetáculo "Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo", no Teatro Santo Antônio, também registrado em LP. Ainda nesse ano, foi lançado o LP "Álibi", que lhe conferiu o terceiro Disco de Ouro. Apresentou-se, sob a direção de Fauzi Arap, em show homônimo, com cenário de Flávio Império, no Teatro Cine Show Madureira (RJ). 
Em 1979, lançou o disco "Mel" e participou do especial de fim de ano de Roberto Carlos, produzido pela Rede Globo. 
Em janeiro de 1980, estreou o show "Mel" no Canecão (RJ), com direção de Waly Salomão. Ainda nesse ano, lançou o LP "Talismã". 
Em 1981, apresentou-se, no Teatro da Praia, com o espetáculo "Estranha forma de vida", novamente dirigida por Fauzi Arap, com cenário de Flávio Império. Lançou, também nesse ano, o disco "Alteza". 
Em 1982, apresentou-se, no Canecão (RJ), com o show "Nossos momentos", dirigido por Bibi Ferreira.
No ano seguinte, lançou o disco "Ciclo", elogiado pela crítica, mas recebido com frieza pelo grande público.
Em 1984, estreou, no Canecão (RJ), o show "A hora da estrela", espetáculo baseado na obra de Clarice Lispector, com direção de Naum Alves de Souza. Lançou, ainda, o disco "A beira e o mar". Comemorando 20 anos de carreira, realizou o espetáculo "20 Anos", dirigido por Bibi Ferreira, no Canecão (RJ) e no Palace (SP). 
Em 1987, gravou canções inéditas de Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso e Milton Nascimento no LP "Dezembros". A faixa "Anos dourados" (Tom Jobim e Chico Buarque) foi tema da minissérie de mesmo nome, da TV Globo. Nesse mesmo ano, participou das gravações do álbum "Há sempre um nome de mulher", ao lado de diversos artistas, cantando, pela primeira vez, a canção que lhe originou o nome: "Maria Bethânia", do compositor Capiba. O arranjo do maestro Orlando Silveira utilizou-se de uma orquestra quase completa, mas o produtor do disco, Ricardo Cravo Albin, foi obrigado a fazer um corte na faixa, diminuindo seu tempo de duração. 
Em 1988, gravou o LP "Maria", que contou com a participação especial da atriz francesa Jeanne Moreau e da cantora Gal Costa. Estreou show homônimo no Scala (RJ), com direção de Fauzi Arap. No ano seguinte, gravou "Memória da pele", com canções de Djavan e Chico Buarque, entre outros. 
Em 1990, comemorando seus 25 anos de carreira, lançou o disco "25 Anos". O show homônimo foi dirigido por José Possi Netto e estreou no Imperator (RJ). 
Em 1992, lançou "Olho d’água", contendo a canção "Além da última estrela", incluída na trilha sonora de uma novela de televisão. 
No ano seguinte, lançou o CD "As canções que você fez pra mim", registrando, exclusivamente, obras de Roberto e Erasmo Carlos. O disco representou grande sucesso fonográfico, atingindo a marca de 1,5 milhão de cópias vendidas. Apresentou-se no Canecão, em show homônimo, com direção de Gabriel Villela. 
Em 1994, apresentou-se, ao lado de Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil, no show "Doces Bárbaros na Mangueira", referência à homenagem feita a eles por essa escola de samba, com o enredo "Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu". No carnaval, estreou na passarela do samba como destaque em carro alegórico, sendo aclamada pela arquibancada. Em 1996, lançou o CD "Âmbar". O show homônimo foi dirigido por Fauzi Arap. 
No ano seguinte, saiu o registro do show no CD duplo "Imitação da vida". 
Em 1999, gravou o CD "A força que nunca seca", contendo, além da faixa-título (Vanessa da Mata e Chico César), "Trenzinho caipira" (Villa-Lobos e Ferreira Gullar), "Luar do sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), "É o amor" (Zezé di Camargo), "Espere por mim morena" (Gonzaguinha) e "As flores do jardim da nossa casa" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), entre outras. 
Em 2000, atuou, ao lado de Gal Costa, nos shows comemorativos da virada do milênio, no Metropolitan (atual ATL Hall), no Rio de Janeiro. Participou, também nesse ano, do "Pão Music 2000", projeto que reuniu artistas brasileiros e portugueses, apresentando-se na praia de Ipanema (RJ), ao lado dos lusitanos Antônio Chainho e Filipa Pais. Ainda em 2000, gravou o CD "Cânticos, preces, súplicas à Senhora dos Jardins do Céu", lançado em tiragem limitada, O disco contou com arranjos e regências de Jaime Alem. 
Em 2001, gravou o CD "Maricotinha", contendo as canções "Moça do sonho" (Edu Lobo e Chico Buarque), do musical "Cambaio", "Primavera" (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), "Quando você não está aqui" (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle), "Antes que amanheça" (Chico César e Carlos Rennó) e "Se eu morresse de saudade" (Gilberto Gil), entre outras, além da faixa-título, de Dorival Caymmi. Realizou show de lançamento do disco no Canecão (RJ). O espetáculo contou com a participação de Caetano Veloso, Carlos Lyra, Chico Buarque, Nana e Dori Caymmi, Adriana Calcanhoto e Gilberto Gil, entre outros artistas. Ainda em 2001, comemorando 35 anos de carreira, voltou ao Canecão, em temporada de três semanas, com o espetáculo "Maricotinha", que gerou o CD duplo "Maricotinha ao vivo", gravado no DirecTV Hall, em São Paulo, com produção musical de Moogie Canazio e direção musical de Jaime Alem. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, apresentou-se para 100.000 pessoas na Praia de Copacabana (RJ), ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, no show "Doces Bárbaros", que encerrou o projeto "Pão Music". 
Em 2003, o espetáculo apresentado em 2001 no Canecão foi lançado no DVD "Maricotinha ao vivo", com direção de André Horta. Também nesse ano, lançou, em circuito comercial, o CD "Cânticos, preces e súplicas à Senhora dos Jardins do Céu". Ainda em 2003, foi indicada para o Prêmio Multishow, nas categorias Melhor Show e Melhor CD, por "Maricotinha ao vivo". Também nesse ano, criou seu próprio selo, Quitanda, em parceria com a gravadora Biscoito Fino, inaugurado com o lançamento do CD "Brasileirinho", contendo canções que têm como fio condutor a religiosidade e a brasilidade, com a participação de Nana Caymmi, Miúcha, Denise Stoklos e Ferreira Gullar, além dos grupos Tira Poeira e Uakti, e do CD "Vozes da Purificação", primeiro disco solo de Dona Edith do Prato. Na entrevista coletiva concedida pela cantora para a apresentação dos lançamentos de seu selo Quitanda, na sede da Biscoito Fino, recebeu das mãos de Bibi Ferreira o Disco de Ouro conquistado pela vendagem de 120.000 cópias do CD "Maricotinha ao vivo". 
Em 2004, apresentou no Canecão (RJ) o show "Brasileirinho", com cenário de Gringo Cardia, iluminação de Maneco Quinderé, direção musical de Jaime Alem e a participação de Nana Caymmi, Denise Stoklos e Miúcha, além dos grupos Tira Poeira e Uakti. O espetáculo, gravado ao vivo, gerou DVD homônimo lançado nesse mesmo ano. Também em 2004, foi contemplada com o Prêmio Tim, nas categorias Melhor Cantora, Melhor Disco e Melhor Projeto Visual da MPB, com o Prêmio Rival BR, na categoria Melhor CD, e com o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, na categoria Melhor Cantora, além de ter recebido indicação para o Grammy Latino. Ainda nesse ano, produziu e participou como cantora, ao lado de outros artistas, do CD "Namorando a Rosa", disco tributo à violonista Rosinha de Valença, lançado por seu selo Quitanda.
Em 2005, lançou o CD "Que falta você me faz", registrando obras de Vincius de Moraes, em parceria com Tom Jobim, Garoto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Baden Powell, Toquinho, Adoniran Barbosa e Jards Macalé, além de uma versão assinada por Caetano Veloso para "Nature boy" (Eden Ahbez), incluindo um antigo registro da voz de Vinicius, recuperado pela cantora. Nesse mesmo ano, estreou no Canecão (RJ) o show "Tempo Tempo Tempo Tempo", seguindo com apresentações pelas principais capitais brasileiras e também em Portugal, Espanha e Argentina. Voltou ao Canecão para o show de encerrando da turnê, ao final de 2005, em temporada popular que marcou o lançamento do DVD "Tempo Tempo Tempo Tempo", gravado ao vivo no Cie Music Hall (SP).
Em 2006, recebeu três troféus do Prêmio Tim: nas categorias Melhor Cantora MPB e Melhor Disco MPB, pelo CD "Que falta você me faz", produzido por Moogie Canazio; e na categoria Especial, pelo DVD ''Tempo tempo tempo tempo'', dirigido por Bia Lessa. Nesse mesmo ano, lançou o projeto “Dentro do mar tem rio”, inspirado nas águas, composto de dois CDs, vendidos em separado: “Mar de Sophia”, entremeado por versos da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner (1919-2004), e “Pirata”, entremeado por versos de Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e Fernando Pessoa. Em “Mar de Sophia”, registrou as faixas “Canto de Oxum” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Yemanjá Rainha do Mar” (Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro)/”Beira Mar” (Roberto Mendes / Capinan), “Marinheiro Só” (Caetano Veloso)/”O marujo português” (Linhares Barbosa e Arthur Ribeiro), “Poema azul” (Sérgio Ricardo), “Kirimurê” (Jota Velloso), “Grão de mar” (Márcio Arantes e Chico César), “Quadrinha: o mundo é grande” (Carlos Drummond de Andrade e Sueli Costa)/”Cirandas (Domínio Público), “Debaixo d´água” (Arnaldo Antunes)/”Agora” (Tony Bellotto, Charles Gavin, Branco Mello, Nando Reis, Marcelo Fromer, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Arnaldo Antunes), “As praias desertas” (Tom Jobim), “Dona do raio: o vento” (Dorival Caymmi)/”A dona do raio e do vento” (Paulo César Pinheiro), “Lágrima” (Roque Ferreira), “Noiva: cantiga da noiva” (Dorival Caymmi)/”Floresta do Amazonas” (Heitor Villa Lobos), “Portela: das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite” (David Corrêa e Jorge Macedo) e “Canto de Nana” (Dorival Caymmi). Em “Pirata”, registrou as faixas “Pedrinha miudinha” (Domínio Público)/”História pro Sinhozinho” (Dorival Caymmi), “O tempo e o rio” (Edu Lobo e Capinam), “Os argonautas” (Caetano Veloso), “Santo Amaro” (Roque Ferreira e Délcio Carvalho), “De papo pro ar” (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), “Sereia de água doce” (Vanessa da Mata), “Eu que não sei quase nada do mar” (Ana Carolina e Jorge Vercilo), “A saudade mata a gente” (João de Barro e Antonio Almeida), “Serenô” (Antonio Almeida), “Memória das águas” (Roberto Mendes e Jorge Portugal), “Água de cachoeira” (Jovelina P. Negra, Labre e Carlito Cavalcante), “Cantigas Populares” (Domínio Público)/”A coroa” (Humberto do Boi de Maracanã), “Onde eu nascí passa um rio” (Caetano Veloso), “Francisco, Francisco” (Roberto Mendes e Capinam) e “Meu Divino São José” (Dominio Público). Nesse mesmo ano, iniciou, em São Paulo, turnê brasileira do show “Dentro do mar tem rio”, dirigido por Bia Lessa, apresentando grande parte das músicas dos dois discos, utilizando samplers cedidos pelo percussionista Naná Vasconcelos, responsável pela sonoridade do trabalho e tendo a direção musical de Jaime Alem, dando continuidade à parceria que vem mantendo com o maestro e violonista há mais de vinte anos. Também em 2006, apresentou o espetáculo "Dentro do mar tem rio" no Vivo Rio (RJ).
Em 2007, foi a grande vencedora da quinta edição do Prêmio Tim de Música Brasileira, como Melhor Cantora e Melhor Disco (com o CD "Mar de Sophia), na categoria MPB, além de Melhor Canção (com "Beira-mar", de Capinam e Roberto Mendes) e Melhor Projeto Visual (Gringo Cardia, para o CD "Pirata").
Em parceria com a cantora cubana Omara Portuondo, lançou, em 2008, "Omara Portuondo e Maria Bethânia", nos formatos CD e CD/DVD documentário das gravações, com produção musical de Jaime Alem e Swami Jr. O CD traz as faixas "Lacho" (Facundo Rivero e Juan Pablo Miranda), "Menino grande" (Antonio Maria), "Nana para un suspiro" (Pedro Luis Ferrer), "Poema LXIV" (Dulce María Loynaz)/"Palabras" (Marta Valdés)/"Palavras" (Gonzaguinha), "Talvez" (Juan Formell), "Você (Hekel" Tavares e Nair Mesquita), "Arrependimento" (Dolores Duran e Fernando Cesar), "Mil Congojas" (Juan Pablo Miranda), "Só vendo que beleza" (Rubens Campos e Henricão), "Para cantarle a mi amor" (Orlando De La Rosa), "Caipira de fato" (Adauto Santos) e "El amor de mi Bohio" (Júlio Brito). O DVD traz as canções "Lacho" (Facundo Rivero e Juan Pablo Miranda), "Menino grande" (Antonio Maria), "Palabras" (Marta Valdés), "Palavras" (Gonzaguinha), "Mil Congojas" (Juan Pablo Miranda), "Só vendo que beleza" (Rubens Campos e Henricão), "Nana para un suspiro" (Pedro Luis Ferrer), "Caipira de fato" (Adauto Santos), "Talvez" (Juan Formell). Nesse mesmo ano, as duas cantoras apresentaram-se no Canecão (RJ), estreando a turnê de lançamento do disco. O espetáculo teve cenografia de Gringo Cardia e iluminação de Maneco Quinderé.
Foi a vencedora do Prêmio Shell de Música 2008, que pela primeira vez foi concedido a um intérprete, já que até o ano anterior era restrito apenas a compositores. A cantora foi escolhida por um júri formado por Luiz Fernando Viana, Arthur Dapieve, Fernando Mansur Bruno Levinson, Moogie Canazio e Zuza Homem de Mello.
Em 2009, lançou, simultaneamente, dois discos de inéditas: “Tua” e “Encanteria”, este último com a participação de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Constam do repertório do CD “Tua” as canções “É o amor outra vez” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), “A mão do amor” (Roque Ferreira), “O que eu não conheço” (Jorge Vercilo e J. Velloso), “Até o fim” (César Mendes e Arnaldo Antunes), “Remanso” (Moacyr Luz e Aldir Blanc), “Fonte” (Saul Barbosa e Jorge Portugal), “Dama, Valete e Rei” (Bill Farr), “Você perdeu” (Márcio Valverde e Nélio Rosa), “Guriatã” (Roque Ferreira), “Saudade” (Chico César e Paulinho Moska), “Lamentação” (Mauro Duarte), “O nunca mais” (Roberto Mendes e Capinan) e “Domingo” (Roque Ferreira), além da faixa-título, de Adriana Calcanhotto. No CD “Encanteria”, tendo a fé como fio condutor, registrou as canções “Santa Bárbara”, “Feita na Bahia”, “Coroa do mar” e “Minha rede”, todas de Roque Ferreira, “Saudade dela (Roberto Mendes e Nizaldo Costa), “Linha do caboclo” (Paulo César Pinheiro e Pedro Amorim), “Estrela” (Vander Lee), “Doce viola” (Jaime Alem), “É a Senhora” (Vanessa da Mata), “Batatinha roxa” (domínio Público, adaptação de Roberto Mendes), “Sete trovas” (Consuelo de Paula, Etel Frota e Rubens Nogueira) e a faixa-título, de autoria de Paulo César Pinheiro. Ainda em 2009, apresentou-se no Canecão (RJ), com o espetáculo “Amor, festa, devoção”, em show de lançamento dos CDs “Tua” e “Encanteria”, incluído na relação “Os Melhores Shows de 2009” do jornal “O Globo”, publicada ao final do ano.











* E, parafraseando Vinícius de Moraes, posso dizer: Bethânia está só começando!... Saravah!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A nova cara do Real

Foram lançados nesta quarta-feira (03/02) os novos modelos de cédulas do Real, que serão colocadas em circulação até 2012. As de R$ 50,00 e R$ 100,00, já entrarão em circulação ainda este ano. As notas apresentarão tamanhos variados. A mudança ocorre para dificultar a ação crescente de falsificadores.

Os modelos:



sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Enquanto isso em Arapiraca...

*Foi assinado, na última terça-feira (26/01), os contratos para implantação e da ordem de serviços para implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou metrô de superfície, que será implantado nos trilhos da linha ferroviária que corta a cidade entre a Estação Central e a Vila São José,na  zona rural do município. O veículo terá capacidade para 360 pessoas.












*Este ano, serão implantadas mais duas escolas de tempo integral, melhorando cada vez mais a educação no município. Em 2009, 14 escolas foram reformadas no município; os professores receberam computadores portáteis por preços e formas de pagamentos bem acessíveis e, inclusive, agora, as matriculas estão sendo feitas via internet... Contrariando com a situação catastrófica em nossa capital que, há muito tempo, vem se deteriorando... lá, ainda é preciso dormir em filas para tentar (TENTAR) garantir uma vaga para os filhos...


*Além dessas, outras conquistas se destacam em Arapiraca, que se desenvolve a passos largos e a olhos nus...


*Uma coisa não funciona bem em Arapiraca: o trânsito. Mudanças foram feitas, mas a situação não muda... Não sei se seria o caso de reeducar os condutores arapiraquenses ou trocar de secretário de trânsito...


*Outro grande problema é a violência, mas isso é geral em Alagoas, onde nunca se roubou, se traficou e se matou tanto...

A pressão subiu!





*E continua tudo estranho no país de Lulla, nem ele aguentou a pressão... mas foi só um susto!

*Antes disso, na semana passada, "o filho do Brasil" convocou o ex-governador de Alagoas para uma conversinha... Ronaldo Lessa saiu de Alagoas pré-candidato ao Senado e voltou convencido e "assumido" pré-candidato ao governo estadual...

*Mas isso não é o pior, o presidente fez tudo para defender os interesses politiqueiros do seu amiguinho alagoano, o senador Re(i)nan Caca-lheiros, que não aparecia bem nas pesquisas - abaixo da favoritíssima Heloísa Helena e do agora ex-pré-candidato ao senado Ronaldo Lessa.

*Mas como os eleitores de HH, teoricamente, não votam em Renan, ainda poderemos ver o PT e o Lulla em ação mais uma vez, para dar uma ajudinha ao ex da Mônica Velloso... É que o ex-superintendente da polícia federal daqui de Alagoas, o delegado José Pinto de Luna, vem crescendo nas pesquisas e, com isso, ameaçando os planos de Calheiros. Por conta disso, mais uma vez, o presidente e o PT, que também é partido do delegado, podem interferir mais uma vez... nos deixando, também, sem Pinto!

*Aguardem mais...

A Diva dos pés descalços



Ela parece uma personagem de alguma pintura ou escultura de algum artista moderno: nariz achatado, pele escura, corpo robusto; bem aquém das expectativas de beleza que, há algum tempo, vigoram. Quando a senhora, do alto de suas sete décadas, solta o vozeirão, entoando ritmos de seu Cabo Verde, ela então torna-se sublime e a sua beleza surge límpida, transcendental, incontestável...

Cesária Évora nasceu em Mindelo, cidade que fica na Ilha de São Vicente (a segunda mais populosa de Cabo Verde). Ainda menina, acompanhada pelo saxofone de seu irmão Lela, Cesária já fazia apresentações na praça central de sua cidade. Aos 16 anos, conheceu um marinheiro que a ensinou os principais estilos musicais de cabo-verdianos: a morna e a coladeira. A cantora fez as suas primeiras apresentações em hotéis e bares e, em pouco tempo, ganha o título de “Rainha da Morna”.

Em 1975, ano que marca a independência de Cabo Verde, Cesária decide parar de cantar, pois, mesmo famosa em seu país, a cantora ganhava muito pouco e enfrentava dificuldades para manter a sua família.

Somente em meados da década de oitenta é que a cantora, convidada por empresário cabo-verdiano para fazer apresentações em Portugal, volta a se apresentar profissionalmente.
Incentivada por um amigo francês, Cesária decide ir para Paris e, na Cidade Luz, acaba gravando o consagrado álbum La diva aux pied nus*, uma referência a maneira que Cesária costuma se apresentar: descalça!

A diva já cantou com grandes nomes da música mundial, como Salif Keita, Pedro Guerra, Chuchu Valdez, Goran Bregovic e, inclusive, Marisa Monte e Caetano Veloso.

Em 2004 a cantora recebeu o Grammy de melhor álbum mundial de música contemporânea por Voz d’Amor. Em 2007, a cantora recebeu a medalha da Legião de Honra da França, ordem máxima da nação francesa.

No final de 2009, Évora lançou o excepcional disco Nha Sentimento, mais uma grande contribuição de bom gosto à cultura mundial.
Cesária é uma daquelas grandes e impressionantes vozes que devemos ouvir, reouvir e deleitar-se sempre.





*A diva dos pés descalços.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Calo





Há algum tempo vinha lutando contra a teimosia de um calinho... Calinho pequeno, mas chato; chato ao ponto de despertar, em mim, sensações que eu pouco sabia existirem. E o danado persistiu, e teimou, e teimou que acabou por encontrar em mim o que buscava: atenção! No fundo, até as insignificâncias coisas também buscam de nós isso...

            O calo, de tanto me tirar do sério e a minha atenção de mim, passou a se destacar mais, chegou a ganhar vida e, de mim, um nome; chamei-o de, bem, para não atrair energias negativas. Direi só a inicial do nome: L. Na verdade, o L nem inicial do nome o nome, era do sobrenome, pois, de tão persistente, o danado quase ganhara documentos e outros benefícios comuns a outros cidadãos. Mas, este cidadão chato e persistente, vivia à minha sombra, vivia feliz às custas das minhas mazelas e, de alguma maneira, sugava parte disso que eu era, e que, mesmo sem me dar conta, ainda resistia em mim.

            E eu, de burrico que sou, dando-lhe mais vida e mais destaque na minha vida. Mas para quê? Aquilo só crescia. Parecia zombar de mim e eu: aquém do destaque que deveria ser só meu. O meu calo passara a tirar o meu brilho, a invadir-me em horas erradas: a doer!... E como incomodava! Era um danadinho pequenino que sabia onde machucar e os momentos exatos em que deveria me atrapalhar; tirava-me o juízo o pilantrinha.

            Simpatias, remédios caseiros, rezas de terreiro, fármacos e nada, o danado lá ficava; zombando de mim, saltitante. Por vezes murchava, mas não durava e lá, de novo, estava o meu pequeno grande incômodo, novamente me tirando as forças através de dores mortais que, por pouco, não mataram-me. Mas como era forte aquele serzinho inescrupuloso que vivia só por que eu vivia. Ninguém se faz feliz em dores, nem para rimá-las com amores. Mas como era persistente o meu pequeno habitante! Se me permitem, posso dizer que esse pequeno ser, que não fora parido, era, mesmo assim, um grande filho da puta!

             Não me livrava do salafrarinho! E doía...

        Quando minhas forças estavam minguando mais e o filhote mal-vindo, lá teimando, zombava de mim, tomei, por mim que não aguentava mais, olhando o safadinho palpitando no meu dedo, uma decisão: "Quer incomodar, fique à vontade! Serei com ou sem a sua insistência dolorida..."

             Quando, na primeira oportunidade, tive que colocar sapatos, escolhi o mais justo, não dando importância ao que poderia sentir por conta daquela escolha. Meias, sapatos e uma noitada sem fim: música boa, gente bonita e alegre e eu sendo idealmente parte daquela alegria; perdendo o medo do ridículo que nos conduz ao amor e fui: bebi, dancei, celebrei a vida como há muito não fazia. No dia seguinte, lá estava o resultado da minha audácia de vida, a estranha parte de mim que não me pertencia explodira... Silenciosamente, insignificantemente, como sempre fora, explodira... Havia apenas restos, um vermelhão e a esperança de epiderme nova! Morri das dores e voltei, de fato, à vida... Agora é seguir e ser, ser, ser... sem ele!


Cláudio Cleudson
Arapiraca, 13 de janeiro de 10.



(Quaisquer que sejam as semelhanças, com certeza, serão meras coincidências... ou não!)
         

Bundão e pernão: agora pode?






Se a gordura na região da barriga já é comprovadamente nociva para a saúde, agora pesquisadores da universidade de Oxford descobriram que a gordura acumulada nas nádegas e coxas pode diminuir os riscos de desenvolver doenças cardíacas e diabetes.

Assim, o estudo publicado no International Journal of Obesity conclui que ter o corpo em formato de pera -- com mais gordura acumulada aos quadris, coxas e bumbum-- é benéfico para a saúde.

Os cientistas encontraram também evidências de que a gordura na região da barriga libera moléculas chamadas citocinas pró-inflamatórias, processo ligado ao diabetes e doenças cardíacas.

Já a gordura acumulada nas nádegas e quadris é de armazenamento a longo prazo, por isso libera menos ácidos graxos e hormônios mais benéficos como leptina e adiponectina, que combateriam tais doenças.

Konstantinos Manolopoulos, autor da pesquisa ao lado de Fredrik Karpe e Keith Frayn, destaca que a proteção ocorre independente do peso, mas que geralmente quem tem sobrepeso, além de ter quadris largos, também apresenta gordura acumulada na cintura. Neste caso, o efeito positivo é anulado e só dieta e exercício mesmo para deixar você saudável.

Ele diz ainda que homens e mulheres tendem a acumular gordura de maneira diferente e que isto reflete em sua saúde. Homens têm mais barriga e mais chances de desenvolver doenças cardíacas, enquanto as mulheres apresentam mais gordura nas nádegas e coxas e menos chances de ter tais problemas.

Apesar disso, depois da menopausa, as mulheres passam a acumular mais gordura na região da cintura.





Fonte: Gazeta web

Hebe Camargo: Início do tratamento quimioterápico






A apresentadora Hebe Camargo, 80 anos, deve iniciar o tratamento de quimioterapia na manhã desta quarta-feira (13) em São Paulo, afirmou o oncologista Sergio Simon em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (12). O tratamento deve durar cinco meses.

Um boletim médico divulgado na noite desta segunda-feira (11) pelo hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que Hebe tem um "tumor primário de peritônio".

O peritônio é uma membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo.

Segundo a assessoria de imprensa da instituição, trata-se de um câncer sem metástase (primário) que se formou na própria membrana, mas não se espalhou.

No boletim, o hospital revela que "os resultados da análise dos nódulos retirados da paciente Hebe Camargo confirmaram um tumor primário de peritônio. A paciente passa bem e iniciará seu tratamento durante a internação".

Na entrevista coletiva desta terça, o médico Antonio Luiz Vasconcellos Macedo disse que a apresentadora já se alimenta bem e está na unidade semi-intensiva. Ela deve ser transferida para um quarto comum ainda nesta terça-feira (12).



Quimioterapia

O oncologista Simon diz que Hebe deve voltar para casa ainda no fim de semana. "A gente espera que ela esteja bem e inclusive possa gravar o programa, levando uma vida normal", conta. "É uma doença relativamente rara e muito tratável, responde bem ao tratamento", explica.
A quimioterapia endovenosa terá sessões que dura um dia inteiro, repetidas a cada 21 dias - com seis ou oito aplicações no total. "É possível que recorramos a uma segunda cirurgia para avaliar o efeito do tratamento nos próximos meses", complementa Simon.

Hebe foi informada do diagnóstico na segunda à noite, contam os médicos. "Ela já tinha uma ideia, se abateu um pouco, mas tem espírito forte e se encontra bem, conversando animadamente. E está pronta para começar o tratamento amanhã", diz Simon. "Ela tem uma saúde muito boa, admirável para a idade dela".

Simon falou também dos efeitos colaterais da quimioterapia. "Ela pode apresentar pouca queda de cabelo, algum amortecimento nas pontas dos dedos e talvez pequenas náuseas, mas esperamos que reaja bem ao tratamento", explica Simon.

Claudio Pessutti, sobrinho da apresentadora, também participou da entrevista coletiva, e contou que Hebe não deve receber visitas por enquanto. "Ela precisa descansar", justificou, acrescentando que a apresentadora "está tranquila, confiante e ansiosa com a volta ao trabalho".

"Sumi com os jornais e desliguei a TV, porque não queria que ela soubesse do diagnóstico pela imprensa. Quando saí do quarto ontem, ela ligou a TV e viu em um jornal. 'Eles estão falando em câncer, mas o doutor não falou nada de câncer para mim', ela me disse", lembra Pessutti."Ela está muito contente com as manifestações de carinho, muita gente ligando, o Silvio Santos (dono do SBT) já ligou e eu estou passando todas as mensagens”, completa Cláudio.

O médico Antonio Luiz Vasconcellos Macedo conta que Hebe chegou de uma viagem a Miami com dores e distensão abdominal, e o procurou, pensando que era um mal-estar gástrico. "Internamos no hospital e submetemos a uma endoscopia do estômago que nada revelou. Em seguida ela fez um colonoscopia, que se mostrou também normal", lembra.

"Fizemos então uma tomografia computadorizada do abdome, que revelou nódulos o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos do abdome", explica.

Hebe está internada no Albert Einstein desde a última sexta. Ela passou por uma cirurgia na manhã do sábado para a retirada de nódulos.

Na tarde do domingo, o hospital afirmou que a apresentadora havia sido  transferida da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para uma Unidade de Terapia Semi-Intensiva. De acordo com a assessoria de imprensa do Albert Einsten, já no domingo, a apresentadora se alimentava normalmente e caminhava.




Fonte: G1