sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Enquanto isso em Arapiraca...

*Foi assinado, na última terça-feira (26/01), os contratos para implantação e da ordem de serviços para implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou metrô de superfície, que será implantado nos trilhos da linha ferroviária que corta a cidade entre a Estação Central e a Vila São José,na  zona rural do município. O veículo terá capacidade para 360 pessoas.












*Este ano, serão implantadas mais duas escolas de tempo integral, melhorando cada vez mais a educação no município. Em 2009, 14 escolas foram reformadas no município; os professores receberam computadores portáteis por preços e formas de pagamentos bem acessíveis e, inclusive, agora, as matriculas estão sendo feitas via internet... Contrariando com a situação catastrófica em nossa capital que, há muito tempo, vem se deteriorando... lá, ainda é preciso dormir em filas para tentar (TENTAR) garantir uma vaga para os filhos...


*Além dessas, outras conquistas se destacam em Arapiraca, que se desenvolve a passos largos e a olhos nus...


*Uma coisa não funciona bem em Arapiraca: o trânsito. Mudanças foram feitas, mas a situação não muda... Não sei se seria o caso de reeducar os condutores arapiraquenses ou trocar de secretário de trânsito...


*Outro grande problema é a violência, mas isso é geral em Alagoas, onde nunca se roubou, se traficou e se matou tanto...

A pressão subiu!





*E continua tudo estranho no país de Lulla, nem ele aguentou a pressão... mas foi só um susto!

*Antes disso, na semana passada, "o filho do Brasil" convocou o ex-governador de Alagoas para uma conversinha... Ronaldo Lessa saiu de Alagoas pré-candidato ao Senado e voltou convencido e "assumido" pré-candidato ao governo estadual...

*Mas isso não é o pior, o presidente fez tudo para defender os interesses politiqueiros do seu amiguinho alagoano, o senador Re(i)nan Caca-lheiros, que não aparecia bem nas pesquisas - abaixo da favoritíssima Heloísa Helena e do agora ex-pré-candidato ao senado Ronaldo Lessa.

*Mas como os eleitores de HH, teoricamente, não votam em Renan, ainda poderemos ver o PT e o Lulla em ação mais uma vez, para dar uma ajudinha ao ex da Mônica Velloso... É que o ex-superintendente da polícia federal daqui de Alagoas, o delegado José Pinto de Luna, vem crescendo nas pesquisas e, com isso, ameaçando os planos de Calheiros. Por conta disso, mais uma vez, o presidente e o PT, que também é partido do delegado, podem interferir mais uma vez... nos deixando, também, sem Pinto!

*Aguardem mais...

A Diva dos pés descalços



Ela parece uma personagem de alguma pintura ou escultura de algum artista moderno: nariz achatado, pele escura, corpo robusto; bem aquém das expectativas de beleza que, há algum tempo, vigoram. Quando a senhora, do alto de suas sete décadas, solta o vozeirão, entoando ritmos de seu Cabo Verde, ela então torna-se sublime e a sua beleza surge límpida, transcendental, incontestável...

Cesária Évora nasceu em Mindelo, cidade que fica na Ilha de São Vicente (a segunda mais populosa de Cabo Verde). Ainda menina, acompanhada pelo saxofone de seu irmão Lela, Cesária já fazia apresentações na praça central de sua cidade. Aos 16 anos, conheceu um marinheiro que a ensinou os principais estilos musicais de cabo-verdianos: a morna e a coladeira. A cantora fez as suas primeiras apresentações em hotéis e bares e, em pouco tempo, ganha o título de “Rainha da Morna”.

Em 1975, ano que marca a independência de Cabo Verde, Cesária decide parar de cantar, pois, mesmo famosa em seu país, a cantora ganhava muito pouco e enfrentava dificuldades para manter a sua família.

Somente em meados da década de oitenta é que a cantora, convidada por empresário cabo-verdiano para fazer apresentações em Portugal, volta a se apresentar profissionalmente.
Incentivada por um amigo francês, Cesária decide ir para Paris e, na Cidade Luz, acaba gravando o consagrado álbum La diva aux pied nus*, uma referência a maneira que Cesária costuma se apresentar: descalça!

A diva já cantou com grandes nomes da música mundial, como Salif Keita, Pedro Guerra, Chuchu Valdez, Goran Bregovic e, inclusive, Marisa Monte e Caetano Veloso.

Em 2004 a cantora recebeu o Grammy de melhor álbum mundial de música contemporânea por Voz d’Amor. Em 2007, a cantora recebeu a medalha da Legião de Honra da França, ordem máxima da nação francesa.

No final de 2009, Évora lançou o excepcional disco Nha Sentimento, mais uma grande contribuição de bom gosto à cultura mundial.
Cesária é uma daquelas grandes e impressionantes vozes que devemos ouvir, reouvir e deleitar-se sempre.





*A diva dos pés descalços.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Calo





Há algum tempo vinha lutando contra a teimosia de um calinho... Calinho pequeno, mas chato; chato ao ponto de despertar, em mim, sensações que eu pouco sabia existirem. E o danado persistiu, e teimou, e teimou que acabou por encontrar em mim o que buscava: atenção! No fundo, até as insignificâncias coisas também buscam de nós isso...

            O calo, de tanto me tirar do sério e a minha atenção de mim, passou a se destacar mais, chegou a ganhar vida e, de mim, um nome; chamei-o de, bem, para não atrair energias negativas. Direi só a inicial do nome: L. Na verdade, o L nem inicial do nome o nome, era do sobrenome, pois, de tão persistente, o danado quase ganhara documentos e outros benefícios comuns a outros cidadãos. Mas, este cidadão chato e persistente, vivia à minha sombra, vivia feliz às custas das minhas mazelas e, de alguma maneira, sugava parte disso que eu era, e que, mesmo sem me dar conta, ainda resistia em mim.

            E eu, de burrico que sou, dando-lhe mais vida e mais destaque na minha vida. Mas para quê? Aquilo só crescia. Parecia zombar de mim e eu: aquém do destaque que deveria ser só meu. O meu calo passara a tirar o meu brilho, a invadir-me em horas erradas: a doer!... E como incomodava! Era um danadinho pequenino que sabia onde machucar e os momentos exatos em que deveria me atrapalhar; tirava-me o juízo o pilantrinha.

            Simpatias, remédios caseiros, rezas de terreiro, fármacos e nada, o danado lá ficava; zombando de mim, saltitante. Por vezes murchava, mas não durava e lá, de novo, estava o meu pequeno grande incômodo, novamente me tirando as forças através de dores mortais que, por pouco, não mataram-me. Mas como era forte aquele serzinho inescrupuloso que vivia só por que eu vivia. Ninguém se faz feliz em dores, nem para rimá-las com amores. Mas como era persistente o meu pequeno habitante! Se me permitem, posso dizer que esse pequeno ser, que não fora parido, era, mesmo assim, um grande filho da puta!

             Não me livrava do salafrarinho! E doía...

        Quando minhas forças estavam minguando mais e o filhote mal-vindo, lá teimando, zombava de mim, tomei, por mim que não aguentava mais, olhando o safadinho palpitando no meu dedo, uma decisão: "Quer incomodar, fique à vontade! Serei com ou sem a sua insistência dolorida..."

             Quando, na primeira oportunidade, tive que colocar sapatos, escolhi o mais justo, não dando importância ao que poderia sentir por conta daquela escolha. Meias, sapatos e uma noitada sem fim: música boa, gente bonita e alegre e eu sendo idealmente parte daquela alegria; perdendo o medo do ridículo que nos conduz ao amor e fui: bebi, dancei, celebrei a vida como há muito não fazia. No dia seguinte, lá estava o resultado da minha audácia de vida, a estranha parte de mim que não me pertencia explodira... Silenciosamente, insignificantemente, como sempre fora, explodira... Havia apenas restos, um vermelhão e a esperança de epiderme nova! Morri das dores e voltei, de fato, à vida... Agora é seguir e ser, ser, ser... sem ele!


Cláudio Cleudson
Arapiraca, 13 de janeiro de 10.



(Quaisquer que sejam as semelhanças, com certeza, serão meras coincidências... ou não!)
         

Bundão e pernão: agora pode?






Se a gordura na região da barriga já é comprovadamente nociva para a saúde, agora pesquisadores da universidade de Oxford descobriram que a gordura acumulada nas nádegas e coxas pode diminuir os riscos de desenvolver doenças cardíacas e diabetes.

Assim, o estudo publicado no International Journal of Obesity conclui que ter o corpo em formato de pera -- com mais gordura acumulada aos quadris, coxas e bumbum-- é benéfico para a saúde.

Os cientistas encontraram também evidências de que a gordura na região da barriga libera moléculas chamadas citocinas pró-inflamatórias, processo ligado ao diabetes e doenças cardíacas.

Já a gordura acumulada nas nádegas e quadris é de armazenamento a longo prazo, por isso libera menos ácidos graxos e hormônios mais benéficos como leptina e adiponectina, que combateriam tais doenças.

Konstantinos Manolopoulos, autor da pesquisa ao lado de Fredrik Karpe e Keith Frayn, destaca que a proteção ocorre independente do peso, mas que geralmente quem tem sobrepeso, além de ter quadris largos, também apresenta gordura acumulada na cintura. Neste caso, o efeito positivo é anulado e só dieta e exercício mesmo para deixar você saudável.

Ele diz ainda que homens e mulheres tendem a acumular gordura de maneira diferente e que isto reflete em sua saúde. Homens têm mais barriga e mais chances de desenvolver doenças cardíacas, enquanto as mulheres apresentam mais gordura nas nádegas e coxas e menos chances de ter tais problemas.

Apesar disso, depois da menopausa, as mulheres passam a acumular mais gordura na região da cintura.





Fonte: Gazeta web

Hebe Camargo: Início do tratamento quimioterápico






A apresentadora Hebe Camargo, 80 anos, deve iniciar o tratamento de quimioterapia na manhã desta quarta-feira (13) em São Paulo, afirmou o oncologista Sergio Simon em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (12). O tratamento deve durar cinco meses.

Um boletim médico divulgado na noite desta segunda-feira (11) pelo hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que Hebe tem um "tumor primário de peritônio".

O peritônio é uma membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo.

Segundo a assessoria de imprensa da instituição, trata-se de um câncer sem metástase (primário) que se formou na própria membrana, mas não se espalhou.

No boletim, o hospital revela que "os resultados da análise dos nódulos retirados da paciente Hebe Camargo confirmaram um tumor primário de peritônio. A paciente passa bem e iniciará seu tratamento durante a internação".

Na entrevista coletiva desta terça, o médico Antonio Luiz Vasconcellos Macedo disse que a apresentadora já se alimenta bem e está na unidade semi-intensiva. Ela deve ser transferida para um quarto comum ainda nesta terça-feira (12).



Quimioterapia

O oncologista Simon diz que Hebe deve voltar para casa ainda no fim de semana. "A gente espera que ela esteja bem e inclusive possa gravar o programa, levando uma vida normal", conta. "É uma doença relativamente rara e muito tratável, responde bem ao tratamento", explica.
A quimioterapia endovenosa terá sessões que dura um dia inteiro, repetidas a cada 21 dias - com seis ou oito aplicações no total. "É possível que recorramos a uma segunda cirurgia para avaliar o efeito do tratamento nos próximos meses", complementa Simon.

Hebe foi informada do diagnóstico na segunda à noite, contam os médicos. "Ela já tinha uma ideia, se abateu um pouco, mas tem espírito forte e se encontra bem, conversando animadamente. E está pronta para começar o tratamento amanhã", diz Simon. "Ela tem uma saúde muito boa, admirável para a idade dela".

Simon falou também dos efeitos colaterais da quimioterapia. "Ela pode apresentar pouca queda de cabelo, algum amortecimento nas pontas dos dedos e talvez pequenas náuseas, mas esperamos que reaja bem ao tratamento", explica Simon.

Claudio Pessutti, sobrinho da apresentadora, também participou da entrevista coletiva, e contou que Hebe não deve receber visitas por enquanto. "Ela precisa descansar", justificou, acrescentando que a apresentadora "está tranquila, confiante e ansiosa com a volta ao trabalho".

"Sumi com os jornais e desliguei a TV, porque não queria que ela soubesse do diagnóstico pela imprensa. Quando saí do quarto ontem, ela ligou a TV e viu em um jornal. 'Eles estão falando em câncer, mas o doutor não falou nada de câncer para mim', ela me disse", lembra Pessutti."Ela está muito contente com as manifestações de carinho, muita gente ligando, o Silvio Santos (dono do SBT) já ligou e eu estou passando todas as mensagens”, completa Cláudio.

O médico Antonio Luiz Vasconcellos Macedo conta que Hebe chegou de uma viagem a Miami com dores e distensão abdominal, e o procurou, pensando que era um mal-estar gástrico. "Internamos no hospital e submetemos a uma endoscopia do estômago que nada revelou. Em seguida ela fez um colonoscopia, que se mostrou também normal", lembra.

"Fizemos então uma tomografia computadorizada do abdome, que revelou nódulos o peritônio, uma membrana que reveste os órgãos do abdome", explica.

Hebe está internada no Albert Einstein desde a última sexta. Ela passou por uma cirurgia na manhã do sábado para a retirada de nódulos.

Na tarde do domingo, o hospital afirmou que a apresentadora havia sido  transferida da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para uma Unidade de Terapia Semi-Intensiva. De acordo com a assessoria de imprensa do Albert Einsten, já no domingo, a apresentadora se alimentava normalmente e caminhava.




Fonte: G1

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Luz da Cidade ou luz do Brasil




A Gravadora Luz da Cidade, há algum tempo, colabora de maneira primorosa com o desenvolvimento da cultura no país. A gravadora tem, em seu catálogo, cerca de quarenta títulos que abrange obras importantes de grandes escritores e poetas de nossa língua.

É uma maneira bem interessante e sofisticada de interligar pessoas à obras de escritores consagrados; como Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e outros grandes senhores desta arte magnífica, que encontram no trabalho da Luz da Cidade uma maneira nova de se tornarem mais acessíveis às novas gerações.

E, o melhor, é possível fazer as compras sem sair de casa, através do site: www.luzdacidade.com.br

Abaixo, alguns títulos disponibilizados pela gravadora:

- Manuel Bandeira por Juca de Oliveira
- Quatro séculos de poesia brasileira por Paulo Autran
- Ascenso Ferreira por Chico Anysio
- Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran
- Augusto dos Anjos por Othon Bastos
- Manoel de Barros por Pedro Paulo Rangel e Manoel de Barros
- Fernando Pessoa por Paulo Autran
- Vinícius de Moraes por Odete Lara
- Eça de Queirós - Contos por Paulo Autran
- A descoberta do mundo - Clarice Lispector por Aracy Balabanian
- Machado de Assis por Othon Bastos
- Rachel de Queiroz por Arlete Salles
- Clarice Lispector por Aracy Balabanian (Contos selecionados)
- Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles por Paulo Autran
- A mulher que matou os peixes - Clarice Lispector por Zezé Polessa
- História de dois amores - Carlos Drummond de Andrade por Odete Lara



Também sugiro, lógico, que leiam sempre e muito e com urgência!... Nunca é demais!



Miep Gies: A morte da mulher que ajudou Anne Frank.






Foi Miep Gies, que trabalhava para o pai de Anne, Otto, durante a II Guerra Mundial, que reuniu os manuscritos da jovem autora, mantendo-os a salvo dos nazis na esperança de um dia os devolver a Anne. Perante a fatalidade da morte da adolescente num campo de concentração, Miep entregou os documentos a Otto, ajudando-o a compilar os manuscritos.

A obra foi finalmente publicada, em formato de diário, em 1947. O livro converteu-se num êxito universal - estima-se que esteja, hoje, entre os dez livros mais lidos do mundo -, com tradução em 60 línguas e mais de 25 milhões de exemplares vendidos, afirmando-se como um dos testemunhos mais vivos da implacável perseguição nazi aos judeus durante o Holocausto.

“O Diário de Anne Frank” integra, aliás, a lista de 35 bens do património documental mundial “de interesse universal” propostos em 2009 pela UNESCO ao programa “Memória do Mundo”.

Em 1942, em plena II Guerra Mundial, Miep trabalhava como secretária para Otto Frank, quando este lhe confiou um segredo: ele e a sua família tinham decidido esconder-se em Amesterdão para escapar dos nazis. “Otto Frank, o meu chefe, pediu-me que passasse pelo seu escritório. Quando entrei, disse-me: ‘Senta-te. Tenho uma coisa muito importante para te contar. Um segredo, na verdade. Pensámos em nos esconder, aqui, neste prédio. Estarias disponível para nos ajudar, para nos trazeres comida?’. Eu respondi que sim, naturalmente”, contou a própria Gies numa entrevista publicada no site da Casa de Anne Frank, transformada em casa-museu.

A última sobrevivente do grupo de pessoas que escondeu os Frank sempre recordou que os verdadeiros heróis em toda a história foram pessoas como o seu próprio marido, Jan, a par com outros funcionários da empresa de Otto, que, em conjunto, ajudaram os oito judeus escondidos no sótão do número 263 de Prinsengracht, em Amesterdão.

“Eles estavam indefesos, não sabiam para onde se virar...”, recordou Miep Gies. “Cumprimos as nossas obrigações enquanto seres humanos: ajudámos pessoas em dificuldade”.

A função de Miep era levar à família vegetais e carne, ao passo que outras pessoas tinham a função de lhes entregar pão e livros.

Depois de os nazis terem descoberto o Anexo Secreto, após uma denúncia às autoridades, e terem detido a família Frank, Miep Gies voltou ao sótão e descobriu, no chão, os manuscritos de Anne. Na altura recorda-se de ter decidido que não os iria ler, respeitando o direito de Anne à privacidade. Nessa altura limitou-se a recolher e a pôr a salvo os documentos.

Mas Anne acabou por morrer de febre tifóide no campo de concentração de Bergen-Belsen, a 12 de Março de 1945, quando tinha apenas 15 anos, e por isso, nesse mesmo ano, Miep entregou os documentos ao pai, Otto, o único membro da família que conseguiu sobreviver aos campos de concentração alemães.

Miep Gies nasceu em Viena, a 15 de Fevereiro de 1909, tendo-se posteriormente mudado com a sua família para a Holanda, em 1922. Miep conheceu Otto Frank em 1933 quando se candidatou a uma vaga na empresa de especiarias Opekta, por ele dirigida. Miep casou-se com o holandês Jan Gies em Julho de 1941, com quem teve um único filho, Paul.

Desde a publicação da obra, Gies viajou por todo o mundo narrando as suas experiências durante o Holocausto e a trágica perseguição aos judeus, o que lhe valeu numerosos reconhecimentos públicos.

Gies refutou igualmente, durante toda a sua vida, as alegações que o diário da jovem autora teria sido forjado.

Foi anunciado em Agosto do ano passado um filme da Disney acerca da vida de Anne Frank. O argumento e a realização ficarão a cargo de David Mamet.







Fonte: Público

Rainha negra da voz: Clementina de Jesus






Biografia



Seu pai foi mestre de capoeira e violeiro. Com a mãe aprendeu os cantos de trabalho, partidos-alto, ladainhas e jongos, assim como corimás e ponto de macumba.

A família mudou-se para o bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

Ainda menina, aos 12 anos, desfilava no Bloco Moreninhas das Campinas. Três anos depois, já cantava no coro de uma das muitas igrejas do bairro de Oswaldo Cruz. Por essa época, freqüentava as rodas de samba na casa de Dona Maria Nenê. Mais tarde, foi para o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Portela.

No ano de 1940 casou-se com Albino Pé Grande e foi morar no morro da Mangueira.

Trabalhou muitos anos como empregada doméstica e somente aos 63 anos começou a carreira artística, lançada pelo letrista e produtor Hermínio Bello de Carvalho.

Durante sua vida, recebeu várias homenagens, entre elas a do então Secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro, no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, em agosto de 1983. O evento contou com a presença de várias personalidades e artistas, como João Nogueira, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Elizete Cardoso, Orquestra Sinfônica Brasileira, Ala das Baianas de várias escolas de samba, Gilberto Gil, Dona Zica, Dona Neuma, mestres-salas e porta-bandeiras, acompanhados pela bateria da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira.

Em 1985, recebeu do governo francês, através do Ministro da Cultura Jack Lang, a "Comenda da Ordem das Artes e Letras", com a presença de Jorge Amado, Caetano Veloso e Milton Nascimento.

Ficou conhecida como a Rainha Ginga ou Quelé. A primeira homenagem foi dada devido a sua importância e grandeza na música popular, e a segunda devido à corruptela carinhosa de seu nome.








Dados artísticos



Apareceu inicialmente para o grande público no ano de 1964, quando, a convite de Hermínio Bello de Carvalho participou do show "O menestrel" (c/ Turíbio Santos). No ano seguinte, integrou o musical "Rosa de Ouro", apresentado no Teatro Jovem do Rio de Janeiro e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho e Kleber Santos, que contou também com as participações de Anescarzinho do Salgueiro, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Araci Cortes e Nelson Sargento. Do show foram editados os LPs "Rosa de Ouro" e "Rosa de Ouro Volume II", em 1965 e 1967, respectivamente e nos quais interpretou lundus, jongos e sambas: "Benguelê" (Pixinguinha e Gastão Vianna), "Boi não berra" (domínio público), "Sementes do samba" (Hélio Cabral), "Nasceste de uma semente" (José Ramos) e "Bate canela". Elton Medeiros compôs em sua homenagem o partido-alto "Clementina, cadê você?". O show seguiu em turnê pela Bahia e em teatros São Paulo.

Viajou para Dacar e Senegal, representando o Brasil no "Festival de Arte Negra", acompanhada de Elizeth Cardoso, Elton Medeiros e Paulinho da Viola no ano de 1966. Nesta mesma época, participou de concertos na Aldeia de Arcozelo e em dueto com Helcio Milito, apresentou na Sala Cecília Meirelles, do Rio de Janeiro, a "Missa de São Benedito" de autoria de José Maria Neves. No ano seguinte, em 1967, prestou seu histórico depoimento para o MIS (Museu da Imagem e do Som), no qual foi entrevistada por Hermínio Bello de Carvalho e Ricardo Cravo Albin. 

Em 1968, com João da Baiana e Pixinguinha gravou o disco "Gente da antiga", lançado pela Odeon. Neste mesmo ano, ao lado de Nora Ney, Cyro Monteiro e o conjunto Rosa de Ouro, lançou o LP "Mudando de conversa", gravação do show homônimo, realizado no Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro, com roteiro e direção de Hermínio Bello de Carvalho, disco no qual interpretou "Sabiá" (Maurício Tapajós e Joaquim Cardoso) e "Mulato bamba", de autoria de Noel Rosa.

No ano de 1970 gravou o primeiro disco solo, "Clementina, cadê você?", lançado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) do Rio de Janeiro. Neste disco interpretou, entre outras, "Sei lá, Mangueira" de autoria de Paulinho da Vila e Hermínio Bello de Carvalho e ainda "Vai de saudade" (Candeia e Davi do Pandeiro).

No ano de 1973, após ter se recuperado de uma trombose, lançou pela Odeon o LP "Marinheiro só". Produzido por Caetano Veloso, o disco trouxe do folclore popular a faixa "Marinheiro só", com adaptação de Caetano Veloso. Ainda neste mesmo disco, foram incluídas duas composições de Paulinho da Viola: "Na linha do mar" e "Essa nega pede demais". A própria Clementina fez três adaptações de cantos populares: "Fui pedir às almas santas", "Atraca, atraca" e "Incelença". Neste mesmo ano de 1973, Milton Nascimento a convidou para gravar a faixa "Escravo de Jó" (Milton Nascimento e Fernando Brant) no disco "Milagre dos peixes". Dois anos depois, foi homenageada outra vez por Milton Nascimento e Fernando Brat na música "Raça", faixa que deu título ao disco de Milton Nascimento lançado nos Estados Unidos.

No ano de 1976 lançou o LP "Clementina de Jesus - convida Carlos Cachaça". No ano seguinte, em 1977, participou como convidada de Clara Nunes no LP "As forças da natureza", no qual interpretou em dueto com a anfitriã a faixa "PCJ-Partido da Clementina de Jesus" de autoria de Candeia.

No ano de 1982 a Escola de Samba Lins Imperial apresentou-se com enredo em sua homenagem, "Clementina - Uma Rainha Negra". Neste mesmo ano, gravou o LP "Canto dos escravos", com Tia Doca e Geraldo Filme, disco no qual interpertaram cânticos dos escravos de Minas Gerais, recolhidos pelo pesquisador Aires da Mata Machado Filho e lançado pela gravadora Eldorado.

No ano de 1984 participou do disco "Partido alto nota 10", de Aniceto do Império, no qual interpretaram em dueto a faixa "Dona Maria Luiza", de autoria de Aniceto do Império.

Em 1985, gravou pela EMI Music o disco "Clementina e convidados". O LP contou com a participação de Clara Nunes na faixa "Embala eu" (Albaléria), de Cristina Buarque, em "Tantas você fez" (Candeia), de João Bosco em "Boca de sapo" (João Bosco e Aldir Blanc), além de participações de Roberto Ribeiro na música "Cocorocó", de Paulo da Portela e ainda de Martinho da Vila na faixa "Assim não, Zambi" (Martinho da Vila). Outros convidados importantes foram Dona Ivone Lara, Adoniram Barbosa e Carlinhos Vergueiro. Neste mesmo disco, figurou também como compositora ao lado de Catoni na faixa "Laçador" e ainda fez diversas adaptações de jongos, corimás, batucadas e partidos-altos para as faixas "Lapa", "Carreiro bebe", "Pica-pau", "Atraca, atraca" e "Fui pedir às almas santas", entre outras.

Apresentou-se com Nelson Cavaquinho em vários show, em turnê por Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Seu último show foi no mês de maio no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, no ano de 1987, vindo a falecer em julho deste mesmo ano.

No ano 2000, às vésperas da comemoração de aniversário de 100 anos de nascimento, foi produzida por Hermínio Bello de Carvalho e João Carlos Carino uma caixa com nove CDs reunindo quase toda a obra gravada em LPs na Odeon, com exceção do disco produzido no MIS (Museu da Imagem e do Som). A caixa, patrocinada pela Petrobras, ainda contou com um livreto com textos de Lena Frias, Luiz Antônio Viana e Hermínio Bello de Carvalho, além de pesquisa feita por Paulo César de Andrade.

No ano 2002 foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras" (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências à cantora.









Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

"No céu desponta..."





          Já conhecia um pouco da história da Dalva de Oliveira, mas o brilhantismo do texto da Maria Adelaide unido à magistral produção da Rede Globo e aos talentos de grandes atores, tornam a história da grande diva da era do rádio ainda mais fascinante.

          Com certeza, o sucesso da mini-série desencandeará, assim como aconteceu com Maysa (2009), uma série de relançamentos de partes importantes da obra desta grande cantora, que nos deixou um legado enorme e magistral e, também, seguidores assumidos e consagrados, como Ney Matogrosso e Maria Bethânia, que sempre visitam o acervo musical lançado e tornado sucesso pela "Estrela Dalva"!

          Vale apena visitar o passado e encontrar grandes obras, por grandes vozes, como Dalva, Emilinha, Marlene, Elizeth e tantas outras damas que deram a sua contribuição junto ao rico e belíssimo histórico da MPB. Espero que a proposta lançada, com sucesso, pela Tv Globo continue dando grandes frutos e muitas produções acerca da nossa vasta história cultural. A emissora da família Marinho ganha muito, mas a jovem população brasileira, ainda carente de conhecimento e cultura, ganha muito mais!